Me disseram
que existe alguma coisa pra preencher esse buraco. Um amor, segundo eles,
formar um casal. Mal sabem eles, pobres coitados, que nascemos sós, vivemos sós
e assim morremos. Depois do beijo, depois do sexo, depois das promessas, ali
está você, sozinho. O buraco não é para ser preenchido, ele é um lembrete, uma
nota que diz: “veja, você é um só, não importa o que faça, o que divida, você é
um só, você não pode abraçar o mundo e nada pertence a você, nem esse amor que
ela diz ser seu”.
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